• Sobrevivi, e agora? #1 - Será o fim ou apenas um recomeço?

    Nesta série escreveremos sobre vários aspectos deste tipo de aventura, o temível APOCALIPSE, explorando suas possibilidades em vários aspectos diferentes.
    Cada post da série falará sobre um assunto dentro do tema e seguiremos até que eles se esgotem ou cansemos do assunto.

  • Armas, digo, “quase” armas

    Toda arma causa dano, mas nem tudo que causa dano é uma arma, partindo deste principio esse post se dedica a armas improvisadas, objetos pegos ao acaso durante o combate e a armas quebradas, em decomposição ou baratas demais.

  • Interpretando Gênios

    Interpretar uma inteligência abaixo da sua é fácil e geralmente também muito engraçado, mas quando a IQ do personagem supera a sua eis que surge o verdadeiro desafio.
    Como pensaria um ser de inteligência superior a sua?

  • Um Dia Triste - Quando um Personagem Morre

    Não é de hoje que a morte de um personagem é tratada como algo ignorável nas mesas de RPG.
    Vejamos as consequências da morte de um personagem e as reações que ela pode causar nos companheiros do herói que se foi.

  • GURPS Medieval Fantasia Existe

    GURPS é famoso por seus muitos livros e regras, que possibilitam uma variedade imensa de campanhas, desde viagens interplanetárias a policiais magos contra vilões alienígenas.
    E por que não, o famoso Medieval Fantasia?

  • Desvantagens - A alma do seu personagem

    Não é de hoje que os jogadores utilizam as desvantagens para ganhar mais pontos na ficha ou até procuram desvantagens que parecem “vantajosas” pra seu personagem.
    Vou tentar explicar como escolher-las e como utilizá-las.

-A+Adomingo, 25 de dezembro de 2011

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Background Objetivo e Dicas


Fala polvo!

É natal, é domingo... Mas é dia de postagem livre! Então eu vou falar sobre o background (BG para os íntimos) do personagem. Pra quem não sabe, background é a história de vida do personagem antes de ele se tornar aventureiro. Acontece que muitos jogadores não entendem a importância de um bom BG (ou simplesmente ignoram, quem nunca ouviu a odiosa pergunta "precisa fazer história" enquanto narrava?). Uma coisa que todo mundo sabe é que o narrador é o responsável por desenvolver a trama, criando os elementos mais marcantes da aventura. Para que ele consiga fazer isso de maneira mais envolvente pra cada personagem, criando temas e metas que realmente fariam o fulano entrar de cabeça numa causa que pode matá-lo, é importante que exista um BG satisfatório, do contrário toda missão corre o risco de ser negada por desinteresse financeiro, arruinando uma semana de planejamento.

Em Daemon, esse assunto é tratado de maneira estranha, como uma espécie de “questionário” que vem em cada publicação. A ideia não é ruim, mas pode levar o jogador a construir histórias inchadas. Ele aborda bons temas, mas nas mãos de jogadores mais poéticos ou prolixos, pode semear um BG no meio de uma confusão total. Vale lembrar que uma história rica pode gerar jogos interessantes e envolventes, mas pra ser completa não precisa ser grande, basta ser objetiva.

Pra continuar esse post de maneira mais confortável, vou conceituar cada tipo de jogo pra vocês e em seguida dar dicas de como chegar ao background ideal pra eles (pelo menos em minha opinião). Pode ser que alguém discorde, mas mesmo assim lá vai:

ONE SHOT: aventuras curtas e objetivas que serão jogadas em uma tarde. Geralmente tem como objetivo maior matar o vilão, salvar a princesa e roubar o tesouro.
Pra esse tipo de jogo não é necessário aprofundar a história do personagem, mas também não cabe descaso total para com ela. Você pode usar histórias clichê, como “orcs mataram minha mãe e eu quero vingança”, mas uma dica interessante é ver o tema com o mestre, pra poder encaixá-lo nesse padrão. Se a missão envolve a coleta de certo material num reino vizinho, por exemplo, o que diabos isso vai ajudar na sua vingança contra os orcs? Crie apenas um conceito genérico, mas tente usar (ou violar) um estereotipo, pra que fique mais divertido.

AVENTURA COMUM: uma aventura mais elaborada, com enigmas, pegadinhas ou desafios e objetivos bem maiores do que simplesmente matar o vilão ou salvar a princesa.
Por ser mais complexa ela pode demorar mais tempo, então, crie uma história que vá além do clichê de aventura solo, alguma coisa que possa te divertir. Acrescente elementos como parentes e amigos, isso vai gerar brechas pros vilões atacarem seus entes queridos e o mestre criar missões secundárias. Aventuras comuns podem virar campanhas, então pense em coisas que podem acontecer após a missão (lembrando que suas metas e prioridades podem mudar, então não pense muito longe).

FREESTYLE: a aventura não tem um itinerário, cabendo aos jogadores traçar suas próprias metas enquanto o mestre lida apenas com as regras.
É o estilo de jogo mais complexo, que não depende só de boa inspiração, mas também de criatividade e entrosamento pra explorar os próprios ganchos de aventuras junto com seu narrador. Esse tipo de jogo é ideal pra RPGistas experientes, então nem vou entrar muito no campo das dicas, só vou reforçar o que eu disse no inicio do post - seja objetivo! Fale o que quer dizer e não faça rodeios, afinal, o mestre tem mais três ou quarto jogadores experientes e criativos pra administrar, se todos incharem o BG com palavras bonitas e poesia ele ta ferrado!

JOGO SOLO: qualquer dos estilos de jogo apresentados pode ser feito como jogo solo, com o mestre narrando pra um jogador apenas.
Nesse estilo sim você pode liberar o Shakespeare que dorme nos meios teus (sacô, Hermanoteu?). Você é o único jogador, então crie o que quiser desde que não perca em coerência e clareza. Coloque as opiniões do seu personagem, fale sobre o temperamento dele, os parentes, relações com as pessoas, dinheiro, família e amigos, exponha a visão política e religiosa, enfim... Encha o background de brechas pra que o narrador possa trabalhar em cima delas, afinal, o jogo gira em torno de você!

Bom, é isso então. Pensem bem na hora de criar seu background, coloquem ganchos de aventuras, metas pessoais, inimigos ou aliados, mestres ou patrocinadores, enfim, qualquer coisa que o mestre pode usar pra enriquecer o jogo é bem vinda. Isso não dá trabalho nenhum e quem sai ganhando é a diversão!

Grande abraço pessoal, obrigado pela atenção e feliz natal!