• Sobrevivi, e agora? #1 - Será o fim ou apenas um recomeço?

    Nesta série escreveremos sobre vários aspectos deste tipo de aventura, o temível APOCALIPSE, explorando suas possibilidades em vários aspectos diferentes.
    Cada post da série falará sobre um assunto dentro do tema e seguiremos até que eles se esgotem ou cansemos do assunto.

  • Armas, digo, “quase” armas

    Toda arma causa dano, mas nem tudo que causa dano é uma arma, partindo deste principio esse post se dedica a armas improvisadas, objetos pegos ao acaso durante o combate e a armas quebradas, em decomposição ou baratas demais.

  • Interpretando Gênios

    Interpretar uma inteligência abaixo da sua é fácil e geralmente também muito engraçado, mas quando a IQ do personagem supera a sua eis que surge o verdadeiro desafio.
    Como pensaria um ser de inteligência superior a sua?

  • Um Dia Triste - Quando um Personagem Morre

    Não é de hoje que a morte de um personagem é tratada como algo ignorável nas mesas de RPG.
    Vejamos as consequências da morte de um personagem e as reações que ela pode causar nos companheiros do herói que se foi.

  • GURPS Medieval Fantasia Existe

    GURPS é famoso por seus muitos livros e regras, que possibilitam uma variedade imensa de campanhas, desde viagens interplanetárias a policiais magos contra vilões alienígenas.
    E por que não, o famoso Medieval Fantasia?

  • Desvantagens - A alma do seu personagem

    Não é de hoje que os jogadores utilizam as desvantagens para ganhar mais pontos na ficha ou até procuram desvantagens que parecem “vantajosas” pra seu personagem.
    Vou tentar explicar como escolher-las e como utilizá-las.

-A+Adomingo, 2 de dezembro de 2012

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Herói+Princesa+Vilão=RPG? - Fugindo dos Cliches


Fable  - Microsoft Games




Algo que tem afastado jogadores de certos tipos de aventuras são os clichês.
Aqueles momentos, ganchos, histórias e situações que todo mundo já viu em algum lugar, e até mesmo em outra aventura do mesmo Mestre.

Vou tentar listar aqui algumas dicas pra fugir dos clichês na hora de planejar sua aventura, e também de criar seu personagem, no caso dos jogadores. Afinal, também existe personagem clichê.


Procure inspiração

Que muitos livros e filmes renderiam ótimas aventuras todos já sabemos, mas copia-los também não é uma boa ideia, a menos é claro que seja uma adaptação completa daquele cenário em questão.

Procure assistir, filmes, animes e ler livros menos conhecidos do grande publico. Filmes independentes, por mais que a qualidade cinematográfica seja inferior tendem a ser repletos de situações e enredos inovadores. Sem efeitos especiais de Hollywood o filme se obriga a ter um bom enredo.
Além é claro da grande chance de seus jogadores não conhecerem, uma vantagem óbvia.

Não assista ou leia “apenas”, interaja com a história, imagine novos desdobramentos pra elas, acompanhe tudo com “E se?”. E se o herói morresse antes? E se o vilão tivesse um irmão pior que ele? E se o vilão era na verdade um dos heróis?
Gere a partir daquilo que já foi feito um novo enredo, um enredo SEU.

Desenvolva até que a historia não seja mais a mesma, ainda que baseada naquilo ela trará novos ares pra mesa e pode surpreender muitos jogadores acostumados com o “feijão com arroz” dos RPGs.

Adapte com liberdade

Se você gosta de algum personagem ou história, por que não mistura-los?
Um James Bond medieval poderia ser interessante não? Imagine os equipamentos que ele possuiria.

Faça uma “sopa” de ideias, misture estilos, personagens e tramas. Transporte-os pra um novo cenário, uma nova vida.
Novamente até que aquela história ou trama não seja mais a mesma.
Enredos de um filme futurista podem muito bem ser transportados para o passado, ou até mais ainda para o futuro.


Quando você vê uma história, inconscientemente espera e adivinha alguns desdobramentos pra ela, que muitas vezes não se realizam. Bom, é hora de usá-los não é.

Esqueça o que já viu

Ainda que você precise de inspiração, você não pode se prender a ela.
Reúna na sua mente tudo que já viu em aventuras anteriores, filmes que passaram no cinema, best-sellers, aventuras que marcaram uma era e tudo que os jogadores conhecem a anos.
Agora esqueça, pelo menos enquanto criar suas histórias.

Senhos dos Anéis - A Sociedade do Anel

Não se prenda as raças conhecidas, nem ao clima mais comum, esqueça como funcionam as sociedades, as religiões, a economia e os costumes do que você já viu, guarde apenas a essência ou o “estilo” se quiser mantê-lo.

Agora crie, lembre-se do que você imaginou nas dicas anteriores, do que “você” criou e fermentou enquanto questionava as histórias que conhecia.

Quando tudo estiver no papel, pense nos por quês.
Por que isso é assim?
Por que isso funciona dessa forma?
Por que isso aconteceu?
Por quê? Por quê? E Por quê?

Dos “por quês” surgirá toda SUA historia em volta da SUA trama.

Conheça os Jogadores

Muito importante também é ouvir seus jogadores, afinal a aventura também é deles.
Conheça o background de cada personagem, e os “por quês” deles também.

Discuta com os jogadores o estilo, a época, o nível de similaridade com a nossa Terra e tecnologia e combine as suas criações com as preferencias do grupo e, é claro, as suas.


Encaixe sua histórias nas histórias dos personagens e entrelace-os na sua trama, evite leva-los a aventura com simples ordens de um rei, pedidos de ajuda de damas indefesas, missões militares obrigatórias e etc.

Se sua trama for combinada com a história de todos os personagens, você não precisará de um clichê para mantê-los no caminho. Eles mesmos o farão.

O que também vale pros jogadores, converse com o resto do grupo, combine personagens e cruze suas histórias.
Mas sem exageros.

Não se apoie na história de outro personagem, crie você a sua. Seja sutil, uma pequena conexão já pode ser suficiente, terem nascido na mesma cidade, por exemplo, já poderia bastar em alguns casos.

*  *  *  *  *

Bom, é isso ai. Espero ter ajudado ou no mínimo acrescentado algo no seu processo criativo.
Lembrando que tudo acima vale, tando pros Mestres quanto pros Jogadores.
Boa campanha!

Disse algo errado? Esqueci-me de algo? Como você se livra dos clichês? Algum já te incomodou muito? Por quê? Como você reagiu? Alguma sugestão que adicione ao assunto?
Fique a vontade, comente.

Até